quinta-feira, abril 08, 2010

Recurso pode adiar pena de prisão durante cinco anos

Psicóloga que matou duas mulheres na passadeira no Terreiro do Paço foi condenada a três anos de prisão efectiva e um ano sem conduzir. O advogado vai recorrer
"Assassina" foi a palavra proferida por um cidadão à porta do Tribunal das Varas Criminais de Lisboa quando a autora do triplo atropelamento entrou para conhecer a sua sentença. A condutora que atropelou mortalmente duas mulheres no Terreiro do Paço em 2007 foi condenada a três anos de prisão, mas segundo o advogado Branco da Silva, este caso pode demorar cinco anos a ficar resolvido.

Maria Paula Dias, psicóloga de 37 anos, apesar de não ter antecedentes criminais, foi acusada de dois crimes de homicídio por negligência e um crime de ofensa à integridade física também por negligência. Segundo a juíza, toda a matéria que consta na acusação foi provada, tendo o relatório técnico afirmado que o veículo se encontrava em bom estado antes do acidente.
Ontem, pelas 10.30 foi ouvida a sentença. A arguida entrou na porta do Tribunal das Varas Criminais de Lisboa pelas 09.40 tapando a cabeça e cara com um lenço e óculos de sol, evitando olhares, máquinas fotográficas e câmaras de filmar. Só retirou o lenço quando chegou à porta da sala onde iria saber a decisão do tribunal, no 3.º piso do edifício.
No dia 2 de Novembro de 2007 pelas 05.30, Maria Paula Dias, conduzia o seu Fiat Punto vinda de uma festa. Passou pela Av. Infante D. Henrique no sentido do Terreiro do Paço, sendo detectada pelo radar a velocidade a que circulava: 129 km/h (quatro quilómetros antes do embate). Filipa Borges, 57 anos, Neuza Rocha de 20 e Rufina (mãe de Neuza), 45 anos, após visualizarem o sinal verde para peões avançaram para a passadeira e foram colhidas por um veículo a alta velocidade. O carro da psicóloga tirou a vida a Filipa e Neuza. A primeira teve morte imediata e o corpo de Neuza ficou no interior do veículo de Maria Paula. Rufina, a única sobrevivente deste atropelamento ficou caída na via de trânsito contrária, ficando gravemente ferida. A sua recuperação demorou cerca de cinco meses. (Ler mais no DN)

o meu comentário sobre a noticia puclicado pelo DN , Diário de Noticias, jornal diário portugues


Albino Luciano Silva
08.04.2010/12:21

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A malograda rapariga que morreu além da minha vizinha, na margem sul do Tejo, era uma pessoa amiga, afável e cheia de sonhos que, na fatídica madrugada, tudo perdeu. A morte dela deixou um vazio tão grande e, por isso, a punição da acusada devia ser severa. Em Portugal morre tanta gente na estrada por culpa inculpada dos condutores. Estes, em muitos casos, são verdadeiros assassinos ao volante. Vamos ver que, no caso concreto, dentro de pouco tempo estará na estrada. Que se cuidam os transeuntes.