segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Netsegurança: Realidade ou Ficção?

Comemora-se na próxima terça-feira, 06 de Fevereiro, o dia europeu para a segurança da Internet, segundo a Agência para a Sociedade do Conhecimento (UNIC), citado pelo Jornal de Notícias (edição on-line). Para celebrar a data estão previstas inúmeras actividades, desde visitas às escolas, à inauguração de um sítio de internet sobre a questão de segurança na rede, entre muitas outras. A segurança na internet constitui um desejo expresso por todos àqueles que nela navegam diária ou esporadicamente. Aspectos como o uso do cartão de crédito ou débito, o envio de ficheiros importantes, as conversas e telefonemas em simultâneo, as burlas frequentes, o desrespeito pelos direitos do autor e vida privada, os hackers, os vírus informáticos, as redes pedófilas fazem com que o uso da internet constitua uma faca com dois gumes: apresenta, por um lado, vantagens inúmeras e, por outro, inconvenientes não desprezíveis. Neste último aspecto, faz todo o sentido discutir e apresentar soluções para que a navegação seja mais tranquila e isenta de perigos.
Por essa razão, a comemoração deste projecto de intenção, enquadra-se na preocupação crescente da União Europeia com a segurança (tema, aliás que se tornou caro depois do 11 de Setembro) e de cuja conquista parece depender o futuro da humanidade e da sociedade em rede. Pois um ataque à rede informática apresenta consequências catastróficas e imprevisíveis. O melhor mesmo é jogar por antecipação.
No caso português e de inúmeros países periféricos (que se encontram na retaguarda da tecnologia) é necessário, antes de mais promover o uso generalizado e adequado do computador e da internet. Aspecto este que ocupará as linhas textuais que se seguem.
A pregação do uso em massa de computadores nas escolas, sobretudo dirigido à população jovem, parece ser saudável, embora, infelizmente, usem unicamente a net como ferramenta de jogos (gratuitos e não só)! Neste aspecto particular, muito trabalho se tem pela frente. Primeiro, será necessário agir de modo a que o computador e a internet sejam valorizados (pelos jovens e não só) como utensílios valiosos para o desenvolvimento e enriquecimento das suas competências pessoais e profissionais. Segundo, urge inverter a lógica marcada por uma percentagem significativa de professores que ainda apresentam um débil domínio das novas tecnologias e que as encarem como potencial “inimigo” e não como um aliado.
Em jeito de síntese, num como noutro caso acima descrito, a formação para o uso pedagógico dos media constitui uma via fecunda nesta jornada que se pretende segura pela auto-estrada da informação e do conhecimento.