segunda-feira, dezembro 11, 2006

E se Cabo-verde Fosse uma Mulher…

As muitas feias que me perdoem, mas a beleza é fundamental.
Vinícus de Morais
Cabo-verde, um arquipélago formado por “dez grauzinhos de terra espalhados, por Deus, no meio do mar” [do oceano atlântico], canta a miss crioula, Cesária Évora. Jorge Barbosa, por seu lado, realça, no poema Prelúdio, de uma forma nua, a realidade destas ilhas antes da chegada dos portugueses, no século XV. Não havia gente. O cabo-verdiano, ainda, não tinha nascido, exalta o poema. Sem ouro, sem petróleo e, sobretudo, sem a preciosa chuva, a maior riqueza das ilhas viria a ser descoberta anos mais tarde, o próprio cabo-verdiano. Este, é fruto de reencontro de várias culturas, origens e confluências sanguíneas que o confere uma identidade singular: afro, euro e atlântica.
O padre António Vieira, disse um dia, na cidade velha, a primeira cidade portuguesa fundada nos trópicos, que viu, nesta cidade (Ribeira Grande), “pessoas tão negras como azeviches, mas tão inteligentes que até faziam inveja aos doutos do reino”. Esta tirada, em estilo de sermão, do mais consagrado orador católico português, reafirma a singularidade da inteligência dos cabo-verdianos. Todavia, este texto pretende ser uma dissertação, sintética, sobre a beleza singular de Cabo-verde.(...) Si nha terra tinha chtuba, cima tem “criolas” bunitas (…) estrofe de uma canção do cantor são-vicentino, Gracy Évora, a enaltecer, por um lado, a riqueza crioula (a beldade das cabo-verdianas) e, por outro, a sua maior fonte de pobreza, a falta de chuva.

Imaginemos, por alguns instantes… e se (CV) ela fosse uma mulher… como é que ela seria? Eu sou um apaixonado confesso desta pérola atlântica, mas como sabem os apaixonados não prestam: não têm objectividade; pintam tudo à cor-de-rosa. Por isso, provada a minha desinteligência, gostaria que o leitor, cabo-verdiano; amigo de Cabo-verde; admirador; visitante; emigrante, ou que, simplesmente, conviveu ou convive com cabo-verdianos, que me ajudasse a finalizar esta frase, curta, mas com um final imprevisível… E SE CABO-VERDE FOSSE UMA MULHER…

Para participar, é fácil, basta querer e escrever um texto sintético acerca da frase em questão. No final, indique, o seu primeiro e último nome, caso queira ser identificado, ou, simplesmente, a profissão ou, ainda, expressando a sua relação com Cabo-verde. Quando tudo estiver a postos, envie-o para edukamedia@hotmail.com e será publicado na íntegra neste espaço: www.edukamedia.blogspot.com.

Pretendo reunir, num só espaço, tudo o que me for enviado. Por isso, toque a escrever que nós, os apaixonados, estamos a ficar ansiosos para vermos como será descrita a nossa amada.